domingo, 27 de janeiro de 2008

Dedos


A mão que corre lasciva,
Percorrendo o caminho
Dos pelos atordoados,
Pelo desejo que instiga,
No toque dos dedos,
No afago...
É dona de mim,
De meus atos,
De minha entrega alucinada,
Desenhando nas paredes,
Exalando pelo quarto
Perfume de sexo no ato
Da paixão e tormento...
A mão que fere,
Num prazer quase insano,
Que escorre e lambuza
Pelos poros humanos,
E termina num gozo cru...
Me entra nas entranhas,
Como carro desgovernado,
E fundo me tomas, me matas...
Num instinto de amor tarado,
Depois repousas num seio,
Sem percebe-lo ouriçado...
Minha lingua o absorve,
Um a um, lado a lado,
Como querendo o restinho
Quase inexistente,
Daquilo que te deixou inconsciente,
Te levando à loucura
De uma quase moldura:
Corpo nu repousando
E eu cativa ao lado.

Me Morte

2 comentários:

medusa que costura insanidades disse...

delicioso ME
muito quente,lidinoso,como tudo que escorre das suas entranhas.....

Bjos linda

(tomei um puta susto com a música,a caixa de som tava alto hehe, mas gostei muito)

Sirlei Passolongo disse...

uaua, maravilhoso, sedutor e envolvente... adoreei menina moleca mulher... e principalmente amiga. vc deveria se chamar MEANJO
sucesso pra vc sempre!